Brasil Novo Notícias: O Pará e a aftosa, uma falsa sensação de controle!

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Pará e a aftosa, uma falsa sensação de controle!


Área livre


Notícia em todos os jornais paraenses de hoje, o Pará finalmente se tornou área livre da Aftosa. Um dos maiores exportadores de carne do país, não fez mais que a obrigação, que é oferecer ao mercado consumidor um produto com 100% de qualidade. Mas para a imprensa e o governo, isso foi um feito. 

Mas a realidade é bem diferente do feito pregado nos jornais de forma colorida. Fazendeiros vivem reclamando das péssimas condições das estradas, da falta de frigoríficos em quantidade suficiente para atender a produção, do atendimento sempre carente da agência agropecuária no Estado. 
 
Foto: Divulgação 
Problemas não faltam, para piorar ainda mais nossa situação, o Estado não consegue controlar a produção pirata de gado em áreas de desmatamento, gado clandestino e maltratado em matadouros de péssimas qualidade, na capital pode até ser bonitinho ver a carne nas gôndolas dos supermercados, mas basta ir um pouco mais longe, à caminho do interior, para a situação ficar nefasta a saúde do consumidor. 

Recentemente um operação da ADEPARA flagrou a comercialização de carne com origem duvidosa em Portel, Ilha do Marajó, o produto estava em um caminhão sem refrigeração e a caminho dos açougues. Quem duvida que em poucos minutos estaria sendo vendida e levada em sacolinhas? O que a operação não contou é que o matadouro da cidade é semelhante a um chiqueiro de porcos. Animais mortos de forma cruel e sem higiene. 

Esse tipo de coisa a notícia colorida sobre o título de área livre não conta, tão pouco a total falta de fiscalização em mais da metade do Estado. Ou será que na sua cidade tem ADEPARA? Antes de comemorar, o governo deveria trabalhar para que toda a carne que chega à mesa do paraense fosse de qualidade e com selo de garantia. Do que adianta o gado estar saldável, se o matadouro onde ele será abatido joga os restos no rio e tem trabalhadores sem luvas, botas e com o cartão de vacinação vencido? 

Por: Karina Pinto

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