Por volta de 09h40, desta quarta-feira, 15, uma tromba d’água causou diversos prejuízos no porto da Companhia Docas do Pará (CDP) em Santarém. Telhas do galpão principal foram arremessadas a vários metros do local, dentro do rio Tapajós. Outros imóveis que fazem parte do complexo das Docas também sofreram danos.
Segundo testemunhas, durante uma chuva fraca, um vórtice se formou sobre o rio Tapajós e, em poucos minutos atingiu diretamente as instalações da CDP em Santarém. Diversos danos foram contabilizados pela direção da Companhia.
Um funcionário disse que na hora do desastre ecológico, houve uma grande explosão dentro do galpão principal da CDP e vários objetos que estavam no local foram arremessados a vários metros de distância.
A direção da CDP ainda avalia o resultado dos prejuízos causados pelo fenômeno natural. Um taxista que estava próximo ao portão da Companhia disse que nunca tinha visto nada parecido. “Vi as telhas voando para todo lado e também uma grande explosão, mas em pouco tempo passou o vendaval”, explicou.
Além do telhado, os dois portões de ferro que permitem a entrada na CDP foram arrancados. No galpão destruído estavam trabalhando cinco pessoas e, durante o vendaval, nenhum trabalhador ficou ferido.
O fenômeno não é a primeira vez que aconteceu em Santarém. Na semana passada, o advogado Raimundo Aquino registrou uma tromba d`água que apareceu em frente a orla de Santarém, no local conhecido como Ponta Negra. No ano de 2001 uma grande tromba d’água foi vista sobre a praia do Maracanã. Também em 2002 outro fenômeno apareceu na praia de Pajuçara. Uma enorme tromba d’água veio do outro lado do rio Tapajós, em direção a praia do Pajuçara. Dezenas de pessoas acompanharam o fenômeno.
Uma tromba d’água é causada pela formação de nuvens que surgem quando há alta temperatura, muita umidade e grande instabilidade climática. Como a região amazônica costuma ter todas essas características, segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), ela é uma área “muito propícia” para formações como essa.
Os meteorologistas esclarecem que não podem saber com certeza a influência de mudanças climáticas na Amazônia na formação de tornados e trombas d’águas, já que é muito difícil saber quantos e onde eles ocorrem.
Fonte: RG 15/O Impacto, com fotos de Manoel Cardoso e notapajos.com
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