Em três anos de
atuação, o projeto de resgate de flora já catalogou sementes de 339 espécies
“É
gratificante saber que você está contribuindo para que a sociedade não perca
espécimes tão importantes”, a preocupação com o trabalho é da engenheira
florestal Jocasta Prado, membro da equipe contratada pela Norte Energia, para
executar o Programa de Resgate de Fauna e Flora, durante as obras de construção
da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, Pará. A ação prevista no
Projeto Básico Ambiental do empreendimento – PBA, já coletou quase 3 milhões de
sementes, que serão germinadas e plantadas em áreas de recomposição florestal.A coleta de sementes é uma das tarefas mais delicadas e trabalhosas do projeto, em alguns casos, membros da equipe formada por engenheiros florestais, biólogos e técnicos, precisa coletar material na copa de grandes árvores, o que requer habilidade e muito cuidado. A atividade minuciosa é primordial para a coleta do material que será utilizado como base para a produção de mudas, através da germinação das sementes, garantindo sobrevida e a possibilidade de recuperação para grandes árvores, inclusive de espécies ameaçadas de extinção como a castanha do Brasil e o mogno, muito explorados por conta da alta qualidade e aproveitamento econômico da madeira pelo comércio.
Após a
triagem, os lotes coletados são armazenados no banco de sementes do Centro de
Estudos Ambientais – CEA da Norte Energia, construído às margens do rio Xingu,
próximo ao sítio construtivo Pimental em Vitória do Xingu, em uma área
anteriormente utilizada pela Eletronorte, para dar suporte aos projetos ambientais.
Todo o processo é tecnicamente monitorado e acompanhado por pesquisadores do
Museu paraense Emílio Goeldi, parceiro do projeto. As sementes aptas à
germinação são semeadas em substratos adubados e acomodadas em áreas de
aclimatação.
No centro, o pau-cravo está entre as espécies com maior dificuldade de
germinação, o que requer cuidados ainda mais especiais. “Nós monitoramos
semanalmente os processos de germinação. Já tentamos algumas modalidades, mas
até agora não conseguimos resultados positivos, é uma característica da
espécie, temos que respeitar o tempo de cada uma delas”, destacou a engenheira
florestal. A espécie rara foi identificada durante os estudos de impacto
ambiental de Belo Monte ainda em 2008, período em que se acreditava estar extinta
na região. Hoje o centro monitora mais de 20 exemplares e estuda técnicas
adequadas que possam garantir o sucesso da germinação.
Apesar das
dificuldades de germinação de algumas espécies, os números do Centro de Estudos
Ambientais da Norte Energia impressionam. Em três anos de atuação, o projeto de
resgate de flora já catalogou sementes de 339 espécies de 48 famílias
distintas. No total, 128.672 sementes germinaram. Para fins científicos, foram
produzidas 35.185 mudas de espécies como mogno, ipê, maxarimbé, cacau bravo,
açaí e castanha do Pará.
As mudas resultantes do trabalho são utilizadas pela Norte Energia nos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas. Nos canteiros de obras da usina, as espécies são plantadas para contenção de morros, arborização de áreas próximas a vias de acesso e paisagismos nos alojamentos. Fora dos canteiros, as mudas serão introduzidas para a recuperação de áreas exploradas ao longo de décadas de desmatamento.
As mudas resultantes do trabalho são utilizadas pela Norte Energia nos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas. Nos canteiros de obras da usina, as espécies são plantadas para contenção de morros, arborização de áreas próximas a vias de acesso e paisagismos nos alojamentos. Fora dos canteiros, as mudas serão introduzidas para a recuperação de áreas exploradas ao longo de décadas de desmatamento.
Por: Karina Pinto
Fonte: assessoria de imprensa Norte Energia S.A
Fonte: assessoria de imprensa Norte Energia S.A
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