Três das oito moradoras de Brasília incluídas no documento registraram BO. Lista circula por Facebook e WhatsApp com contatos de 12 estados.
A Polícia Civil do Distrito Federal identificou o suspeito de ter criado uma lista falsa que circula pela web com nomes e telefones de 310 mulheres apontadas falsamente como garotas de programa. De acordo com a corporação, o homem mora em São Paulo e vai ser intimado a depor. A entidade não deu detalhes de como chegou a ele.
Até esta terça, três das oito moradoras de Brasília incluídas no documento já haviam registrado boletim de ocorrência. Os casos são investigados pela Delegacia da Mulher, 21ª DP e 23ª DP.
A lista circula também pelo Facebook e traz telefones de 12 unidades da federação, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Maranhão, São Paulo e Distrito Federal.
Para parte das citadas na lista, divulgada por meio do aplicativo WhatsApp e do Facebook, há ainda descrição da aparência física e o suposto preço cobrado pelo programa. As observações dizem ainda que todos têm o app no celular e que mandam fotos.
Uma estudante de jornalismo de 19 anos afirmou que recebeu 400 mensagens no WhatsApp durante a madrugada da última quinta-feira (4). Ela foi a segunda vítima a registrar boletim de ocorrência no Distrito Federal.
De acordo com a garota, foram 50 mensagens por hora – quase uma por minuto. Entre as mensagens recebidas pela menina estava a de um homem que disse ser casado. Ele perguntava o preço do programa para o final de semana, pedia fotos e contava que queria a companhia de duas pessoas, já que a mulher estaria viajando.
"Fiz a denúncia na Delegacia da Mulher. O investigador me disse que já havia ouvido outros 15 relatos semelhantes", conta a jovem. "É desagradável, porque meu celular trava a toda hora, é o dia inteiro assim. Toda hora ligam, fico até com medo de atender. Acho que as pessoas não têm nenhuma noção do efeito dos próprios atos. Eu levo na esportiva, porque, se for na emoção, não vale a pena. A gente se esforça, estuda, trabalha, rala e tem gente que vem e faz um negócio desses."
Antes de registrar a ocorrência, a estudante de jornalismo tentou contato com as outras moradoras do DF para descobrir o que tinham em comum. Segundo ela, nenhuma das meninas tem noção de quem pode ter divulgado os celulares.
"Mesmo com tudo isso, estou tranquilíssima. Não vou me deixar abalar. Trabalho para não ter raiva de ninguém, nem de quem fez ou de quem vem falar comigo. Apesar das conversas até indecentes, eles não têm totalmente culpa, porque elas não sabem que não é verdade, que é uma lista falsa", explica a garota.
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