O
número de casos suspeitos e confirmados de febre amarela tem
aumentado no Brasil desde o ano passado, quando 266 pessoas morreram
até o dia 1º de agosto. No Pará, no período de 2010 a 2017, foram
confirmados 20 casos da doença, com dez mortes. No ano passado, a
febre amarela foi diagnosticada em onze pessoas no Pará, quatro
deles em Alenquer, com três mortes; dois em Monte Alegre, com uma
morte; um em Juruti, um em Óbidos; um em Aveiro (com óbito); um em
Bagre (com óbito) e um em Oeiras (com óbito). Os números da
doenças foram divulgados pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em
Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
Em
2016, houve um caso da doença (com cura), em Monte Alegre. Em 2015,
a febre amarela foi diagnosticada em três pessoas, nos municípios
de Afuá (com cura), Gurupá (com cura) e Brejo Grande (com óbito).
Em 2014, houve um caso, com cura. Em 2013, também só foi confirmado
um caso da doença, com cura. Em 2012, não houve nenhum registro de
febre amarela. Em 2011, foram dois casos, com um óbito. E em 2010,
um caso com óbito.
O
Pará não registrou nenhum caso da doença em macacos este ano. Em
2017, no entanto, do total de 434 macacos que foram a óbito, 20
morreram com diagnóstico confirmado para febre amarela, oriundos dos
seguintes municípios: Alenquer (um), Belém (um), Concórdia do Pará
(um), Curuçá (um), Marituba (um), Monte Alegre (dois), Novo
Repartimento (um), Oriximiná (três), Óbidos (um), Piçarra (um),
Placas (um), Rurópolis (três), Santarém (dois) e Tucuruí (um).
Em
2015 e em 2016 não ocorreram mortes de primatas por febre amarela.
Ocorrências anteriores a 2015 registram que houve a suspeita da
doença ter matado um primata na ilha do Combu, em Belém, mas exames
descartaram a infecção pelo vírus amarílico. Em 2014, não houve
nenhum caso confirmado de óbito de primatas.
Em
relação à imunização contra a doença, a Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sespa) informou que o Pará, assim como os demais
Estados da Região Norte, não adota o esquema fracionado de
vacinação contra a doença por estar em área endêmica, de
intensas matas.
A
única forma de evitar a febre amarela silvestre é a imunização. A
vacina é gratuita e está disponível nas unidades básicas de saúde
em qualquer época do ano. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da
viagem para as áreas de risco de transmissão da doença, como matas
e zonas rurais. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses de idade e é
válida por 10 anos. A vacina é contra-indicada a gestantes,
imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e
pessoas alérgicas a gema de ovo.
A
vacinação também é indicada para todas as pessoas que vivem em
áreas de risco para a doença e onde há casos da doença em humanos
ou circulação do vírus entre animais (macacos).
Outra
determinação do Ministério da Saúde diz respeito à orientação
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que
desaconselha os viajantes internacionais a receber a vacina
fracionada, recomendada apenas para gestantes, crianças de nove
meses a menores de dois anos e indivíduos com condições clínicas
especiais.
Fonte:
ORM
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