Governadora
associa a imigração em massa de venezuelanos ao aumento da
violência.
O
governo de Roraima protocolou, nesta sexta-feira (13), uma ação
civil no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de tutela
provisória para que a fronteira do Brasil com a Venezuela seja
fechada por prazo determinado, impedindo a entrada de imigrantes no
estado. A ação pede ainda recursos adicionais para suprir os custos
especialmente de saúde e educação com os imigrantes. A relatora da
ação no STF será a ministra Rosa Weber.
A
governadora do Estado, Suely Campos (PP), argumenta que a crise no
país vizinho provocou "uma verdadeira explosão no fluxo
migratório".
Segundo
a prefeitura de Boa Vista, 40 mil venezuelanos moram na capital e já
representam mais de 10% da população da cidade, que hoje é de 330
mil pessoas.
A
Polícia Federal calcula que cerca de 800 imigrantes cruzam
diariamente a fronteira entre o Brasil e a Venezuela, em busca de
melhores condições de vida.
Na
ação, o governo de Roraima associa a imigração em massa de
venezuelanos ao aumento da violência e a problemas de saúde pública
no estado, como o reaparecimento de doenças como o sarampo, com 59
casos registrados, e tuberculose. Somente este ano, os venezuelanos
teriam cometido 82 crimes, frente a sete praticados em 2012, "o
que é estarrecedor", segundo o documento. Além disso, segundo
a Polícia Civil local, os homicídios em fevereiro e março de 2018
no estado chegaram a 44, frente a 24 no mesmo período de 2017.
“O
desequilíbrio social e econômico que essa forte migração está
causando em nosso estado não foi previsto em nenhum tratado
internacional”, argumenta Suely Campos, defendendo que a
“excepcionalidade” da situação exige “atitudes mais rígidas”.
Fonte:
O Globo
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