Síria
diz que a maioria dos misseis foi interceptada, mas o Pentágono
afirma que os alvos foram atingidos.
Foto: Hassan Ammar |
O
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)
convocou para hoje (14), a pedido da Rússia, uma reunião de
emergência para discutir a ofensiva
dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido à Síria.
A informação foi repassada pelo governo russo, em um comunicado
assinado pelo próprio presidente Vladimir Putin. “A atual escalada
da situação em torno da Síria tem um impacto devastador em todo o
sistema de relações internacionais”, diz Putin no texto.
De
acordo com o embaixador da Suécia na ONU, Carl Skau, a reunião está
marcada para as 11h (hora local; 12h em Brasília). A Síria afirmou
que a maioria dos misseis foi interceptada, mas o Pentágono afirmou,
em entrevista à imprensa na noite de sexta-feira (13), que os alvos
foram atingidos.
Segundo
o Pentágono, o bombardeios aéreos lançados nessa sexta-feira pelos
Estados Unidos, em conjunto com a França e Reino Unido, sobre a
Síria tiveram como alvos três locais descritos como de "capacidades
químicas: um centro de pesquisa científica localizado na capital,
Damasco; uma instalação de armazenamento de armas químicas,
situada a oeste de Homs, e ainda uma terceira próxima ao segundo
alvo, que, servia, de acordo com o governo dos EUA, de armazém de
equipamentos de armas químicas, além de um posto de comando.
O
Pentágono disse que os Estados Unidos identificaram alvos sírios
relacionados ao armamento químico e evitaram bases russas e alvos
civis. O secretário de Defesa, James Mattis, afirmou que foi
um “ataque único”, por enquanto, porque a meta é fazer com que
o presidente da Síria, Bashar Al Assad, deixe
de usar armas químicas –
ação negada pelo governo sírio.
Na
mais recente, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou
que "a Guerra Fria voltou" e que o Oriente Médio vive uma
situação de "caos".
Guterres,
que viajaria hoje a Riad para participar da cúpula da Liga Árabe,
decidiu adiar a participação no encontro e ficou em Nova York.
Em
comunicado divulgado após o ataque de ontem, Guterres pediu hoje aos
países-membros da ONU que mostrem moderação "nestas
circunstâncias perigosas" e mantenham o respeito ao direito
internacional.
REAÇÃO
RUSSA
Foto: Hassan Ammar |
O
presidente russo, Vladimir Putin, classificou de "agressão
contra um Estado soberano" o ataque dos Estados Unidos e seus
aliados contra a Síria, e acusou Washington de ajudar com sua ação
os terroristas que atuam no país árabe.
"Com
as suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe humanitária
na Síria. Eles levam sofrimento para a população civil, e de fato,
toleram os terroristas que torturam há sete anos o povo sírio",
disse Putin.
Putin
ainda pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da
ONU. Já o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov,
afirmou que “tais ações não serão deixadas sem consequências”.
"Todas
as responsabilidades estão com Washington, Londres e Paris. Insultar
o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível. Os EUA –
possuidores do maior arsenal de armas químicas – não tem direito
moral de culpar outros países”, diz uma nota da embaixada russa.
Por:
Agência Brasil e G1
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