© Divulgação Geraldo Alckmin, Marina Silva, Rodrigo Maia, Joaquim Barbosa, Manuela D'Ávila e Flávio Rocha |
Depois
da divulgação dos resultados da nova pesquisa Datafolha com
cenários para a corrida presidencial de outubro deste ano, neste
domingo (15), os pré-candidatos à Presidência da República
comentaram seus desempenhos junto ao eleitorado.
Empatada
com o deputado federal Jair
Bolsonaro (PSL-RJ)
na liderança dos cenários eleitorais sem a presença do
ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT),
a ex-ministra Marina
Silva (Rede) diz
estar preocupada com o “risco de extrema polarização”. Por meio
de nota, Marina destaca que possui interesse pelo debate e não
com embate, numa referência a Bolsonaro. Considerando os cenários
em que Lula, preso em Curitiba, não aparece entre os candidatos, a
pré-candidata da Rede varia entre 15% e 16% das intenções de voto;
Jair Bolsonaro tem 17%.
O
ex-governador de São Paulo Geraldo
Alckmin (PSDB),
que varia entre 7% e 8% na pesquisa, declarou por meio de um
comunicado que está otimista com o início de sua pré-campanha, mas
considera os cenários ainda incipientes. Na sua opinião, o eleitor
começará a definir seu voto apenas a partir de agosto. “Pesquisas
são retratos do momento e o momento é de completa indefinição”,
ponderou.
Presidente
do PSDB, Alckmin também questiona a distinção entre a pesquisa
mais recente do Datafolha e o levantamento anterior do instituto de
pesquisas, realizado no final de janeiro. O tucano acredita que os
números apurados na nova pesquisa “não permitem inferir qualquer
tipo de evolução”.
O
presidente nacional do PDT, Carlos
Lupi,
disse estar satisfeito com o desempenho do ex-ministro Ciro Gomes,
pré-candidato da legenda. No cenário em que Lula não participaria
da disputa, Ciro conta com 9% das intenções de voto, empatado com
Geraldo Alckmin e com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Joaquim
Barbosa (PSB).
“O resultado está bom. Está dentro do que a gente havia previsto.
Agora é avançar”, resumiu.
Lupi,
no entanto, não esconde sua preocupação com a persistência da
intenção de votos de Jair Bolsonaro. Ele afirma que, num primeiro
momento, acreditava que o maior adversário de Ciro Gomes seria o
tucano. “Imaginávamos que haveria uma queda de Bolsonaro”,
disse. “Mas hoje eu não sei. Ele está conseguindo se manter. Seu
eleitorado acredita que a solução da violência é a pena de morte.
É algo muito preocupante”, diz Carlos Lupi.
Para
o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, Joaquim Barbosa teve
um desempenho abaixo do potencial esperado pelo partido.
Recém-filiado ao PSB, Barbosa oscilou entre 9% e 10% das intenções
de voto nos cenários sem Lula. “Acho que o resultado foi
aquém do que o potencial que de fato ele (Barbosa) tem. O que
acontece com o ministro Joaquim é que muitas pessoas não lembram o
nome. Quando você mostra a fotografia, a pessoa lembra”, afirma
Siqueira.
O
dirigente ponderou, contudo, que o resultado foi “excelente”,
quando se leva em conta que Joaquim Barbosa sequer anunciou
oficialmente a pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
Pré-candidato
à Presidência pelo DEM, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (RJ),
afirmou que a pesquisa não traz nenhuma surpresa. Para ele, o
levantamento só comprova o que o meio político já esperava: que a
indefinição sobre a disputa presidencial aumenta com a ausência do
ex-presidente Lula no pleito. “Nenhuma surpresa. Sem Lula, a
indefinição aumenta”, afirmou Maia, que marcou 1% das intenções
de voto em todos os cenários testados pelo instituto de pesquisas. ,
O
presidente da Câmara também comentou os números atingidos por
Joaquim Barbosa na pesquisa e declarou que não esperava um
desempenho melhor do ex-ministro do Supremo. “A expectativa de
muitos era Joaquim Barbosa com 15%, 20%. Eu não esperava. Achava que
ele viria entre 8% e 10% mesmo”, disse o parlamentar.
Assim
como Rodrigo Maia, o ex-ministro da Fazenda Henrique
Meirelles, virtual
candidato do MDB, afirmou que a pesquisa Datafolha veio “dentro do
esperado”. Na avaliação dele, que também continuou com 1% das
intenções de votos no melhor dos cenários, somente pré-candidatos
que enfrentam acusações e outros problemas tendem a oscilar nas
pesquisas durante a pré-campanha.
“No
meu caso, o mais importante agora são as pesquisas qualitativas que
mostram que eleitores que têm acesso ao meu histórico reagem
positivamente em sua grande maioria”, acrescentou o ex-ministro.
A
pré-candidata pelo PCdoB e deputada estadual do Rio Grande do
Sul, Manuela
D’Ávila,
usou sua conta no Facebook para comemorar
o resultado da pesquisa Datafolha,
divulgada na madrugada deste domingo, e reforçou o pedido de ajuda
aos internautas que militam em prol da sua candidatura para avançar
na campanha através das redes sociais.
“Chegar
em abril com 3% de intenção de voto, com uma pré campanha sem
estrutura, com a comunicação via internet no estilo Glauber Rocha
(um celular na mão e um monte de ideias para o Brasil na cabeça) é
um motivo de muita alegria”, afirmou há pouco na publicação.
Também
pré-candidato à sucessão de Michel
Temer,
o empresário Flávio
Rocha (PRB)
acredita que o alto patamar de eleitores que declararam o voto em
branco ou nulo na pesquisa Datafolha abre uma lacuna para a expansão
de seu projeto de campanha. Para Rocha, a conquista deste eleitorado
ainda indeciso o levará até o segundo turno. “Isso nos deixa
muito confiantes. Este grande porcentual de eleitores que não sabem
onde votar significa que eles estão a procura de um projeto que,
para eles, ainda não existe. Mas nós temos esse projeto e faremos
com que ele seja conhecido através de um vasto esforço de
comunicação”.
A
nova pesquisa Datafolha,
foi realizada entre quarta 11, e sexta-feira 13, teve como base 4.194
entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos
porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de
95%.
Fonte:
VejaCom
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