O Papa Francisco chega ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na tarde do dia 22 de julho, informaram na segunda-feira fontes militares que cuidarão de sua segurança. A previsão é que o avião trazendo o Papa pouse por volta das 16h na Base Aérea do Galeão. Na pista, deve ser montado um palco onde Francisco pretende saudar os brasileiros numa cerimônia para 600 pessoas, na sua maioria crianças, com a presença da presidente Dilma Rousseff, do governador Sérgio Cabral e de autoridades eclesiásticas. O Papa deixa o Brasil em 28 de julho, último dia da JMJ, evento que deverá atrair 2,5 milhões de fiéis.
Uma nova agenda
A chegada de Francisco três dias antes da previsão inicial, traçada ainda pela agenda de Bento XVI, provocou uma correria no Palácio do Planalto. Pela programação anterior, Dilma e o Papa só deveriam ter o primeiro encontro no dia 25, numa cerimônia no Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Apesar de a agenda oficial de Francisco no país só ser conhecida nesta terça-feira, quando será divulgada pelo Vaticano, o vigor demonstrado pelo novo Papa mudou o cerimonial. No lugar de uma agenda curta de Bento XVI, com poucos compromissos, Francisco quer mais encontros com os fiéis.
Ainda segundo militares, o Vaticano quer que o Papa deixe a Base Aérea do Galeão num papamóvel, de onde acenaria para os fiéis. O deslocamento terminaria no local de sua hospedagem na cidade. Apesar de terem sido oferecidos o Palácio São Joaquim, na Glória, e a residência da Arquidiocese do Rio, no alto do Morro do Sumaré, o Papa tem demonstrado interesse em descansar em local mais modesto.
Também já está programado que, na missa que o Papa Francisco vai celebrar em Guaratiba, no dia 28, os 2,5 milhões de fiéis ficarão alojados em "ilhas" com capacidade para 30 mil pessoas. Cada uma delas será separada por ruas, cercada com gradis baixos, banheiros, atendimento médico e pontos de distribuição de água. Dois hospitais de campanha serão instalados na área. A vigilância será feita com o auxílio de 94 torres, onde ficarão seguranças e câmeras.
Trânsito preocupa
Um contingente de mais de 12 mil homens, sendo 8,5 mil das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), fará a segurança de toda a JMJ. O esquema prevê até mesmo uso de caças F-5 e jatos Super Tucanos, além de um escudo de mísseis e uma bateria antiaérea que ficarão posicionados em pontos estratégicos, como a Base Aérea de Santa Cruz. Os aviões serão acionados quando uma aeronave não autorizada entrar em áreas de exclusão do espaço aéreo da cidade.
Os encarregados da segurança também estão preocupados com o trânsito e querem que o prefeito Eduardo Paes estenda o período de feriado e férias escolares na cidade. Inicialmente, a prefeitura do Rio pretendia decretar feriado nos dias 25 e 26 de julho, e meio expediente no dia 29. Os militares querem que o feriado dure toda a semana, do dia 22 até o dia 29.
Fonte: O Globo
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