O pastor Marcos Pereira da Silva entrou no presídio de Bangu na tarde desta quarta-feira, conforme informou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). As imagens do pastor com o uniforme da penitenciária e cabeça raspada foram divulgados pela secretaria.
Segundo informações da Seap, Marcos saiu de Bangu 2, onde acontece a triagem de presos e seguiu para a Cadeia Pública Bandeira Stampa, também em Bangu.
Marcos foi preso na noite desta terça-feira, acusado de seis estupros, por policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) que o investigavam por suposta ligação com o tráfico de drogas.
Uma das vítimas contou à polícia que foi atraída pelo pastor com a frase “Estou vendo um espírito de lésbica em você”. A primeira relação dos dois teria sido na casa de uma missionária e, segundo o depoimento da vítima, “com o tempo, Marcos passou a trazer para participar dos atos sexuais mulheres”. A vítima afirmou, ainda que “Marcos tentou trazê-lo novamente”, mas que ela se recusou. A mulher contou também que o pastor pedia que ela aliciasse outras fiéis, mas sempre recusava.
Depois das orgias, o religioso ordenaria aos participantes que pedissem perdão uns aos outros pelo que tinha acontecido. Os participantes deveriam também, por orientação de Marcos, procurar um representante da igreja e pedir. Mas deveria manter segredo sobre o que tinha acontecido.
Segundo o delegado Márcio Mendonça, titular DCOD, o nome de Marcos Pereira está ligado a quatro casos de homicídio - um deles, o de uma mulher que teria descoberto as suas “orgias”.
- Na maioria das vezes, o pastor dizia que elas, as mulheres, estavam com o demônio no corpo, e que, por isso, teriam que manter relações com uma pessoa santa. No caso, ele - disse Márcio Mendonça, acrescentando que o inquérito referente às acusações de estupro foi encerrado e que o Ministério Público já denunciou o pastor por estes crimes.
Segunda elas, as orgias eram realizadas num apartamento na Avenida Atlântica, próximo ao Copacabana Palace, numa das áreas mais nobres da cidade. O imóvel, segundo o delegado, pertence à Assembleia de Deus dos Últimos Dias e está avaliado em R$ 8 milhões.
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