A
sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em
Altamira, foi ocupada na manhã desta segunda-feira (20) por
agricultores do projeto de assentamento lajes, localizado no
Assurini. Em abril de 2014, 570 famílias que moravam no Garimpo
Madalena foram realocadas para o Para depois que a área foi
desativada. Desde então, elas nunca tiveram as terras demarcadas. A
demora interfere diretamente na produção e modo de vida destas
pessoas.
A
frustração dos manifestantes se deve à falta de resposta do INCRA
em relação à demanda. De acordo com eles, esta é a segunda vez só
no mês de março que uma reunião com o chefe de unidade é
cancelada sem que sejam comunicados. Os agricultores garantem que,
caso não tenham uma resposta, vão ocupar o órgão por tempo
indeterminado. Outras questões como melhoria na estrada e acesso à
educação também são pautadas pelo grupo.
A
situação é agravada pela distribuição territorial do projeto de
assentamento, que abrange os municípios de Altamira, Brasil Novo e
Senador José Porfírio. Nós procuramos o chefe de unidade do INCRA
na região. De acordo com sua substituta, Alderley Cândido da Silva
foi buscar recursos para o INCRA.
A
servidora informou que ainda não conseguiu contactar o chefe de
unidade, mas deixou um recado em cima da mesa dele para que entre em
contato com os assentados quando retornar. A previsão é de que
Alderley volte para Altamira na próxima segunda-feira (27). Em 15 de
abril de 2014, o ministério do desenvolvimento agrário encaminhou
uma resposta a um dos moradores do Para informando que o
cadastramento das famílias começaria em 15 dias, o que nunca
aconteceu.
Reportagem:
Juliana Carvalho
Fonte:
Vale do Xingu
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