Usina hidrelétrica Belo Monte (Foto: Betto Silva / Norte Energia) |
O
Ministério Público Federal (MPF) realiza, neste momento, uma
audiência pública em Altamira para
discutir o impacto da hidrelétrica Belo Monte na vida dos moradores
da região do rio Xingu cuja vazão foi diminuída por conta por
conta da usina. O evento é aberto, está previsto para começar as
9h no Centro de convenções de Altamira e deve contar com a
participação de representantes do Ibama, Semas, Funai e a Norte
Energia.
O
MPF visitou a região da Volta Grande do Xingu em maio de 2016, e
constatou que as comunidades locais estão abandonadas. Segundo o
órgão, a
transformação do ambiente pela barragem tirou o sustento dos
ribeirinhos que dependiam do rio,
provocando mudanças de uma forma que as comunidades tradicionais
sequer conseguem compreender. Com isso os nativos vivem com
medo de ter de abandonar sua moradia tradicional.
Empreendimento
Belo Sun pode causar danos irreparáveis a
comunidades ribeirinhas e
indígenas que vivem na região da
volta grande do Xingu, no Pará.
(Foto: Reprodução/TV Liberal)
|
De
acordo com o site oficial da usina, Belo Monte melhorou a vida de
5.000 famílias que vivem em palafitas. O site também informa que
entre 2007 e 2010 foram realizadas 12 consultas públicas; dez
oficinas com a comunidade que vive na área do empreendimento; fóruns
técnicos em Belém e no Xingu; visitas a mais de quatro mil
famílias; quatro audiências públicas do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com mais de
seis mil pessoas; e 30 reuniões da Fundação Nacional do Índio
(Funai) em aldeias indígenas
Mineração
Além
da diminuição da vazão do rio Xingu na região da Volta Grande, a
audiência também irá debater os possíveis impactos do projeto de
mineração da empresa Belo Sun em Senador José Porfírio, cuja
licença
para extração de ouro foi concedida pelo governo em fevereiro de
2017.
De
acordo com o MPF, a autorização foi concedida sem que existam
estudos sobre as consequências ambientais deste projeto. Segundo o
governo do Pará, foram três anos de análises para a liberação
desta licença, e a expectativa é que o projeto gere 2.100 empregos
diretos na fase de implantação, e 526 na fase de operação.
Serviço: A
audiência pública será nesta terça-feira (21), de 9h a 18h, no
Centro de Convenções de Altamira, que fica na rua Acesso Dois S/n,
bairro Premem.
Fonte:
G1/PA
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