Nesta
terça-feira, moradores que sofrem impactos da hidrelétrica de Belo
Monte e que já se mostram apreensivos com a possível instalação
da mineradora Belo Sun se reuniram em audiência com o Ministério
Público Federal em Altamira.
O
objetivo foi discutir um plano de vida para os habitantes do trecho
de vazão reduzida do Rio Xingu. Órgãos federais e estaduais
responsáveis pelo monitoramento e fiscalização de empreendimentos
na região foram convocados pelo MPF.
Em
2016, órgãos públicos e empresas envolvidos nos dois projetos
concordaram que era necessário ampliar o diálogo
interinstitucional. Mas, segundo o MPF, esse diálogo nunca ocorreu.
Para
a procuradora Thaís Santi, antes de uma mineradora se instalar na
região, é necessário que a vida dos moradores esteja garantida.
“A
pergunta que tem que ser feita é qual é a garantia de que um novo
empreendimento possa se implementar na região. E isso tem que ser
pensado antes de se falar na mineradora, tem que se falar de Belo
Monte. Porque Belo monte tem que ter garantido a vida na volta
grande.”
Gilliard
Juruna, indígena morador da Volta Grande, questiona a segurança
da barragem de Belo monte com as possíveis explosões na busca
pelo ouro da mineradora Belo Sun.
“A
gente sabe que nós estamos na questão de monitoramento, como que
vai ficar durante 6 anos, se vai existir vida ali ou ñao. E até
mesmo com a insegurança da barragem. Então, com as explosões, quem
sabe se isso não vai estourar essa barragem? A gente fica inseguro
com isso né?”
A
Norte Energia foi convocada pelo MPF, mas não compareceu à
audiência e nem respondeu aos contatos da reportagem. A mineradora
Belo Sun foi convidada, mas também não compareceu.
Fonte:
O xingu
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