Mais
duas mortes por febre amarela foram confirmadas pela Secretaria de
Estado de Saúde Pública do Estado (Sespa) ontem (28). Segundo a
Sespa, trata-se de dois pacientes, um menino de 10 anos e um jovem de
23, que estavam internados no Hospital Regional do Baixo Amazonas
(HRBA), em Santarém. Os casos estavam sendo acompanhados pelo
Instituto Evandro Chagas (IEC).
Segundo
a Sespa, quatro pessoas morreram em decorrência da febre amarela no
Pará. Um garoto de 11 anos, que residia no município de Alenquer e
estava internado no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), um
rapaz de 27 anos que morava em Monte Alegre, que já estava sendo
investigado cerca de um mês pelo Instituto Evandro Chagas e agora
mais esses dois casos.
A
Sespa informa que já recebeu do Ministério da Saúde cerca de 4 mil
doses de vacina contra a febre amarela para o município de Curuá,
na região oeste do Estado, como parte do plano emergencial de
combate à doença, que vem sendo executado pela Governo do Estado.
Na segunda-feira (27), as equipes de agentes de saúde do município
estiveram nas localidades Açaizinho, Maloca e Fartura para aplicar a
vacina.
Enquanto
o trabalho de imunização era feito, um macaco encontrado morto na
zona rural foi recolhido para coleta do material, que será enviado
ao Instituto Evandro Chagas, em Belém, para identificar se a morte
foi causada por febre amarela.
A
Sespa recolheu relatos de pelo menos cinco mortes de macacos na zona
rural de Curuá, mas nenhum, até agora, foi confirmado com febre
amarela. A suspeita, porém, é suficiente para colocar o município
na rota do plano de emergência, explicou nesta segunda-feira o
médico veterinário Roberto Brito, do Departamento de Controle de
Zoonoses da Sespa, durante palestra para os agentes comunitários de
saúde, médicos, enfermeiros e técnicos da cidade. “É importante
que as mortes dos primatas sejam comunicadas tão logo os cadáveres
sejam achados”, reforçou Roberto Brito.
Cidade
cercada por regiões de várzea, Curuá tem cerca de metade da
população (estimada em 13.783 pelo IBGE em 2016) morando em áreas
de floresta, com acesso difícil e demorado. A algumas localidades só
se chega de barco. Os trabalhos no município tem recebido o apoio da
Prefeitura.
Profissionais
de saúde do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar chegaram a
Curuá no último domingo (26) para ajudar na vacinação, com o
objetivo de atender todos os moradores da zona rural, inclusive as
comunidades desprovidas de postos de saúde e escolas.
Alerta
O
plano emergencial contra a febre amarela no oeste do Pará prossegue
durante esta semana nos municípios de Rurópolis, Óbidos,
Oriximiná, Curuá, Alenquer e Monte Alegre, localizados na área
endêmica, onde foram registradas mortes de macacos neste ano.
Faz
parte desse plano a cessão de um helicóptero do Estado e de um
avião do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) para
atender eventuais chamadas e urgências. O objetivo é garantir a
vacina para as comunidades da zona rural, a fim de combater a febre
amarela silvestre, transmitida pelo mosquito Aedes aegipty, o mesmo
transmissor da dengue, zika e febre chikungunya.
Além
da vacinação, as equipes orientam a população sobre a necessidade
de combater o mosquito. Os cuidados são os mesmos tomados na zona
urbana, como evitar o acúmulo de água parada. Nas áreas de
floresta, no entanto, o desafio é ainda maior. Por isso, além de
orientar moradores, os agentes de saúde da Sespa reforçam a
preparação dos profissionais dos municípios para enfrentar o
problema.
Fonte:
ORM
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