Ao
longo deste ano, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
do Estado do Pará (Emater) vem adotando uma série de medidas para
estimular 40 famílias da Reserva de Desenvolvimento Sustentável
(RDS) Vitória de Souzel, na Transamazônica, a retomar o trabalho
com seringais, atividade abandonada desde 2013 por falta de
compradores e de problemas no repasse do subsídio específico para a
atividade por parte do governo federal, entre outras dificuldades.
A
reserva fica em Senador José Porfírio, mas, por conta da
proximidade geográfica com o limite de Vitória de Xingu, desde 2014
é atendida pelo escritório local da Emater do município vizinho.
Atualmente os moradores vivem da pesca artesanal e do plantio de
milho e melancia, entre outras culturas.
De
acordo com o técnico em agropecuária Raimundo Neto, da Emater,
ações como assistência técnica regular, padronização das
pranchas e uso de coagulante na coleta de látex, assim como acesso a
crédito rural e estabelecimento de parcerias com a prefeitura e até
entidades internacionais, podem reencaminhar a cadeia produtiva da
borracha no complexo de ilhas da região.
“Cada
família possui de três a quinze hectares ocupados por seringueiras.
Pretendemos fazer um levantamento preciso para identificar cada
‘vereda’. Uma referência de geração de renda é o estado do
Acre. Lá, as famílias conseguem uma média de três e meio a quatro
a salários mínimos de renda, extraindo látex entre os meses de
setembro e novembro”, explica Neto.
No
segundo semestre de 2016 o técnico participou, representando a
Emater, de uma capacitação do projeto Florestabilidade, da Fundação
Roberto Marinho, pela qual realizou um Diagnóstico Rural
Participativo (DRP) da Souzel. O documento reúne informações
simplificadas, a partir de 22 entrevistas e pesquisa bibliográfica
com fonte da Universidade Federal do Pará (UFPA). O DRP já tem
ajudando a nortear o entendimento dos desafios que a Emater e
parceiros institucionais têm pela frente.
Fonte: Agência
Para
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