Altamira (PA) - Depois que Belo Monte começou a ser construída na Volta
Grande do Xingu, a região do entorno da Usina nunca havia passado por
tantas mudanças. Uma delas é o fluxo migratório e de serviços como o
transporte de cargas, com o aumento no número de caminhões fazendo
viagens para a cidade, o preço do frente já não é tão lucrativo para
quem está no ramo há mais tempo.
Ligar o motor e seguir viagem, essa é a missão de 10 em cada 10 caminhoneiros que ganham o Brasil transportando inúmeros tipos de cargas, cruzar um país com dimensões continentais é uma tarefa difícil e as vezes o lucro conseguido com esse trabalho não é o suficiente para manter a família. Em um posto de combustível na cidade de Altamira, encontramos caminhoneiros vindos de várias partes do Brasil. Fernando Pedro tem 30 anos de estrada, ele é de Pernambuco, ele diz que as viagens para Altamira já não compensam mais.
Ligar o motor e seguir viagem, essa é a missão de 10 em cada 10 caminhoneiros que ganham o Brasil transportando inúmeros tipos de cargas, cruzar um país com dimensões continentais é uma tarefa difícil e as vezes o lucro conseguido com esse trabalho não é o suficiente para manter a família. Em um posto de combustível na cidade de Altamira, encontramos caminhoneiros vindos de várias partes do Brasil. Fernando Pedro tem 30 anos de estrada, ele é de Pernambuco, ele diz que as viagens para Altamira já não compensam mais.
“As viagens pra essa região já não são tão boas, a gente gasta muito com manutenção, e as condições da estrada atrasa a viagem e aumenta o gasto de combustível, com esse barateamento a gente perde, e perde muito” Reclama Fernando Pedro caminhoneiro há 30 anos.
Segundo os caminhoneiros que passam pela cidade, a queda nos valores dos fretes foi de pelo menos 40% do valor anterior. Já os gastos só aumentaram.
COMPARE: Um frente de São Paulo à Altamira, que custava 8 mil reais em Julho de 2010, caiu para 6 mil reais em julho de 2012, tem ainda pagamento de agenciadores, que levam em cada carregamento, cerca de R$ 300,00 a 400,00 reais dos caminhoneiros, além é claro das despesas com manutenção. Sidney Carmos é da cidade de Teodoro e Sampaio em São Paulo, o profissional mostra o resultado da estrada, o para choques quebrado, cada caminhão gasta de 800 a 900 litros de óleo do sudoeste até o norte do país, viagem longa mas que já não dá os mesmos resultados financeiros.
Com o aumento da quantidade de veículos fazendo viagens para Altamira, que gira em torno de 50% nos últimos 10 meses após o início das obras em Belo Monte. O frete ficou com um valor menor, devido á concorrência, assim para os antigos caminhoneiros que precisam cruzar seis estados para chegar em casa, não existe outra alternativa para sustentar a família a não ser continuar dirigindo.
Por: Felype Adms e Márcio Lopes.
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