A Polícia Federal de Altamira, no sudoeste paraense, vai dar início à investigação que deve apurar a suposta participação de ribeirinhos e não índios na ocupação do sítio Belo Monte, no município de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (6) pela assessoria de comunicação da Polícia Federal, com sede em Belém, na capital do estado.
Há 5 dias, cerca de 150 manifestantes, entre eles indígenas de 6 etnias das regiões do Xingu e Tapajós, ocupam o escritório central do sítio Belo Monte. Eles chegaram ao local na última quinta-feira (2) em 4 ônibus, armados com flechas bordunas, uma arma indígena semelhante a uma clava. Uma parte dos manifestantes entrou no canteiro de obras enquanto o restante ficou na entrada do local, impedindo a entrada e saída de pessoas.
O processo de investigação da ocupação será iniciado devido a uma decisão da Justiça Federal de Altamira, divulgada na última sexta-feira (3), que estabeleceu que cabe à Polícia Federal apurar a possível participação de não índios na ocupação e dos envolvidos no impedimento da entrada e saída dos trabalhadores no canteiro de obras. A denúncia foi feita pela Norte Energia na liminar que pedia a reintegração de posse do sítio Belo Monte.
A chefe da delegacia da Polícia Federal em Altamira, Anelise Wollinger Koerich, confirmou que foi comunicada acerca da decisão do juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Batista Guedes, e que dará início aos procedimentos necessários para o cumprimento da decisão. Por medida de segurança, a PF não vai divulgar as ações feitas para não comprometer as investigações.
De acordo com a delegada, será feita uma apuração preliminar sobre o possível envolvimento de não indígenas na ocupação. Caso haja confirmação da suspeita, o próximo passo será a instauração de inquérito policial que deve apontar a responsabilidade dos envolvidos no caso.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Federal, uma equipe foi enviada para o sítio Belo Monte desde o começo da ocupação para acompanhar as negociações pela desobstrução do local, e auxiliar na mediação de um possível conflito entre indígenas e funcionários do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras de construção da usina de Belo Monte.
Entenda o caso
Cerca de 150 manifestantes, entre ribeirinhos e índios de diversas etnias invadiram na manhã da última quinta-feira (2) o sítio Belo Monte, em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Os indígenas chegaram em quatro ônibus, armados com flechas bordunas, uma arma indígena semelhante a uma clava. Uma parte dos manifestantes entrou no canteiro de obras, enquanto o restante ficou na entrada do local impedindo a entrada e saída de pessoas.
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