Floresta perdeu área equivalente a duas cidades de SP entre 2013 e 2014.Dados do Deter foram divulgados esta semana.
Floresta perdeu entre agosto de 2013 e julho de 2014 área equivalente a duas cidades de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo) |
Dados divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que a Amazônia Legal perdeu 3.036 km² de
floresta entre agosto de 2013 e julho de 2014, 9,8% a mais em relação ao
período anterior. Os meses integram o chamado "calendário do desmatamento",
relacionado com as chuvas e atividades agrícolas
Segundo informações do sistema de detecção em tempo real, o Deter, o montante desmatado é equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Segundo informações do sistema de detecção em tempo real, o Deter, o montante desmatado é equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
O mecanismo do Inpe analisa a degradação
(desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos
estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato
Grosso e parte do Maranhão).
Os números apontados ajudam órgãos de controle e
fiscalização. No entanto, para calcular a taxa anual do desmatamento por corte
raso na Amazônia, o Inpe utiliza
o Prodes que trabalha com imagens de melhor resolução espacial e mostram ainda
pequenos desmatamentos. Sua divulgação deve ocorrer até o fim deste ano.
Em novembro passado, esse sistema apontou
perda de 5.843 km² de floresta entre agosto de 2012 e julho de 2013, aumento de
28% em relação ao período anterior. O tamanho é equivalente a quase quatro
vezes o município de São Paulo.
Levantamento de junho e julho
Os dois últimos meses divulgados pelo governo foram junho e julho. O primeiro
período registrou desmatamento de 535,31 km², enquanto no segundo mês, a
floresta perdeu 728,56 km² de vegetação. Nos dois últimos meses do calendário
do desmatamento, o Pará foi o estado que mais derrubou vegetação, seguido de
Mato Grosso e Rondônia.
Em comunicado divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, o diretor do
Departamento de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, avaliou que a
expectativa é que em setembro os alertas caiam. “Eles (os desmatadores) agora
não terão acesso ao dinheiro que financia o desmatamento. Quem estiver
derrubando a floresta vai interromper o corte porque não terá como receber pelo
trabalho ilegal", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário