Brasil Novo Notícias: Policiais civis continuam presos após extorsão.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Policiais civis continuam presos após extorsão.

Dois policiais civis de Altamira, no sudoeste do Estado, foram presos em flagrante pelo crime de concussão – ato de exigir dinheiro ou vantagem em razão da função. O flagrante ocorreu no final da manhã desta terça-feira, 3. Os investigadores Marcelo Charles Lameira Costa e Nerivaldo Pereira do Vale foram surpreendidos no momento em que recebiam o dinheiro exigido da vítima, durante operação executada pela corregedoria da Polícia Civil na região, acompanhada pelo Ministério Público Estadual no município. Ambos permanecem presos à disposição da justiça.
O delegado Cristino Sanches Júnior, corregedor regional do Xingu, detalhou a operação que resultou nas prisões. Segundo ele, a investigação começou com base em uma denúncia apresentada pelo Ministério Público na manhã de hoje, quando os promotores Manoel Adilton e Maria Claudia procuraram a corregedoria na companhia de uma mulher que se dizia vítima de possível concussão. Segundo ela, os policiais exigiram que ela pagasse dois mil reais sob risco de ser envolvida em um falso flagrante de tráfico de drogas. ”Segundo a versão apresentada pela vítima, caso ela não entregasse a quantia exigida, os investigadores plantariam drogas em seus pertences e a prenderiam por tráfico”, conta o corregedor da Polícia Civil, que prefere não revelar o nome da denunciante. A vítima aceitou fazer o pagamento aos investigadores; mas antes disso decidiu procurar o Ministério Público para denunciar a situação. “Os investigadores telefonaram para o celular da vítima enquanto ela estava na delegacia e marcaram um encontro para entregar o dinheiro. Toda a ação foi acompanhada e documentada pela corregedoria e Ministério Público. A voz de prisão foi dada após a entrega do dinheiro, ocorrida no interior do carro de um dos investigadores. Foi uma ação rápida. Eles não tiveram tempo para reagir”, descreve o corregedor Cristino Sanches Júnior. Marcelos Charles e Nerivaldo Pereira, que a princípio negaram o crime, aconselhados pelo advogado, mudaram de estratégia e mantiveram-se calados durante a apresentação do flagrante à autoridade policial. Além do advogado dos acusados, os promotores Manoel Adilton e Maria Cláudia acompanharam todo o procedimento. O Xingu.

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