A
concessionária Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE),
responsável pela construção de uma das linhas que vai conectar a
hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, à região Sudeste do País,
enviou pedido ao Ibama para que seja emitida a licença de operação
do empreendimento. Trata-se, na prática, de uma solicitação
antecipada feita pela concessionária, uma vez que o linhão de mais
de 2 mil quilômetros de extensão ainda não foi concluído.
Com
o pedido, a concessionária controlada pela chinesa State Grid espera
que o Ibama dê início às avaliações técnicas do projeto e
verifique o cumprimento de medidas compensatórias. A expectativa da
BMTE é de que, até dezembro, o órgão ambiental federal conclua o
trabalho e libere a licença. A rede de transmissão só pode ser
energizada após receber essa autorização.
Apesar
do pedido antecipado da licença de operação, há preocupação com
a conclusão do projeto, por conta de algumas intervenções que a
BMTE tem de fazer em trechos que seriam, executados pela empresa
espanhola Abengoa, mas que não saíram do papel, por conta das
dificuldades financeiras da companhia. Além disso, há trechos na
região amazônica que estão atrasados em relação aos demais.
O
prazo legal do contrato prevê que a BMTE acione sua linha de
transmissão em fevereiro do ano que vem. O governo tem realizado
reuniões regulares com a empresa para acompanhar o andamento do
projeto, porque a frustração desse cronograma pode comprometer a
entrega de energia da hidrelétrica erguida no Rio Xingu, no
município de Vitória do Xingu.
A
usina de Belo Monte está em vias de acionar sua sexta turbina de
611,1 megawatts (MW). Mais 12 equipamentos desse porte entrarão em
operação, chegando a 18 unidades na casa de força principal. Pelo
cronograma, a cada dois meses, uma nova turbina dessas é acionada.
Na casa de força complementar, onde funcionam equipamentos de menor
porte, as seis unidades geradoras com 38,8 MW cada já estão em
operação. A capacidade instalada total será de 11,2 mil MW.
Fonte:
Agência Estado
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