Escrito por Valéria Furlan
A diretoria do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe/PA) já protocolou o edital de greve na reitoria do IFPA, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, no dia 27 de junho. Na próxima quarta-feira (4), às 10h, o sindicato realizará uma Assembleia Geral, no auditório do Campus Belém, para discutir as próximas ações da categoria. Entre as pautas, estão a agenda de greve, o funcionamento de serviços essenciais durante o movimento, a escolha do representante do Comando Geral de Greve e possíveis atos públicos.
Entre as reivindicações dos servidores estão reajuste de 22,08% (referente à inflação e variação do PIB desde 2010), em conjunto com uma política salarial permanente, com reposição inflacionária, valorização do salário-base e incorporação das gratificações. Os servidores também pedem a implementação de negociação coletiva no setor público, com definição de data-base e o cumprimento, por parte do governo, dos acordos firmados e não cumpridos.
Enquanto isto, o IFPA permanece sem reitor. A prisão de Edson Ary e mais três diretores do Instituto apenas realçou a pauta de reivindicações dos docentes e técnicos-administrativos. De acordo com um dos diretores do Sinasefe-Pa, Reginaldo Pinheiro, as denúncias de peculato e fraudes em licitações já faziam parte das discussões. "Apenas era mais um ponto a ser discutido em nossas assembleias", disse Reginaldo.
O Ministério da Educação ainda não se pronunciou sobre a prisão dos diretores e reitor. Até o dia 30 de setembro deste ano, os servidores do IFPA pretendem ter uma resposta sobre a nova direção da instituição de ensino, já que o mandato do último reitor terminaria nesta data. Até o a resposta do MEC, a eleição para reitor e diretores gerais estão suspensas.
Em Brasília, representantes do sindicato nacional já solicitaram uma audiência com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para que a questão eleitoral da direção do IFPA seja resolvida o mais breve. A categoria aguarda uma resposta da assessoria do ministro.
A paralisação dos servidores públicos federais segue a agenda nacional de greve.
Fonte: DOL
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