Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou hoje (14) condições especiais de financiamento para projetos de geração renovável de energia elétrica a serem implementados em áreas isoladas da região amazônica em parceria com a Amazonas Energia, distribuidora de energia elétrica controlada pelo Sistema Eletrobras.
Com
a medida, os itens financiáveis dos projetos – a serem licitados
na Segunda Etapa do Leilão 002/2016 da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), agendado pelo Ministério de Minas e Energia (MME)
para o dia 11 de maio – poderão usar 15% de recursos do Fundo
Nacional de Mudanças do Clima, com taxa anual de 1%.
O
financiamento poderá ainda ser complementado em taxa de juros de
longo prazo (TJLP), cuja taxa atual é de 7,5% ao ano, até o
percentual de 80% previsto nas novas políticas operacionais do
BNDES. Os projetos de energia solar e micro, pequenas e médias
empresas que usarem os recursos do Fundo Clima poderão complementar
o financiamento com mais 65% em TJLP e as demais fontes renováveis,
como eólica e biomassa, em até 55%.
O
prazo de carência do financiamento é de até seis meses após a
entrada em operação comercial do projeto e o prazo de amortização
será inferior, em pelo menos dois anos, ao término do prazo do
Contrato de Compra e Venda de Energia.
Segundo
o BNDES, o leilão da Aneel já recebeu a inscrição de 36 projetos
de energia renovável. O Fundo Clima poderá destinar até R$ 200
milhões para financiar esses empreendimentos, que terão prazo de
até 24 meses para utilização dos recursos após a data do leilão.
O Contrato de Compra e Venda de Energia terá prazo de até 15 anos.
Fundo
Clima
Vinculado
ao Ministério do Meio Ambiente, o Fundo Clima é um dos principais
instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima para apoio
financeiro a projetos de redução de emissões de gases de efeito
estufa. As aplicações não reembolsáveis são feitas pelo
ministério e as reembolsáveis administradas pelo BNDES, seguindo
diretrizes do Comitê Orientador do Fundo Clima, presidido pelo
Ministério do Meio Ambiente.
Desde
2011, mais de 190 projetos não reembolsáveis foram contratados pelo
Fundo Clima, dos quais 65 foram concluídos, contribuindo para o
alcance das metas de assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris, em
2015.
Fonte:
Agência Brasil
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